quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Competências sociais...

O título deste post poderá ser considerado abusivo, mas explico...
Continua a ser minha intenção que sejam os alunos a postarem os textos ou outro material, depois de supervisionados pela professora. Contudo o tempo ainda não o permitiu.
É uma das finalidades do programa de Português e, obviamente, da estrutura curricular, o desenvolvimento de competências sociais; no que respeita à publicação dos escritos, é uma das estratégias do gosto pela escrita, precisamente a sua divulgação...
Ora, foi com prazer que vi um aluno postar um agradecimento, relativamente a um comentário que lhe fizeram ao seu texto...Foi um passo, desejo que os outros alunos também se habituem a fazê-lo...
Enquanto essa competência não fizer parte do quotidiano de todos os alunos, sinto que devo agradecer a quem lê e/ou comenta, o facto de visitar este blogue e de "perder" algum do seu precioso tempo, nessa tarefa...
OBRIGADA, por isso, em seu nome! :)

domingo, 16 de janeiro de 2011

A minha avozinha

Lembro-me de ver a minha avó,
Feliz por me ver,
Eu cumprimento-a,
E ela cumpre o seu dever.

Sentamo-nos juntos,
A conversar,
E logo depois,
Divertimo-nos a brincar.

Vejo-lhe as rugas todas,
Mas isso não importa,
Porque ela e a minha velhota,
Que a sinto já quase morta.

Mais logo chega a minha mãe,
E informa-me uma coisa,
Que tenho que ir embora,
E deixar a minha avó.

E difícil dizer adeus,
E eu sinto dentro de mim,
O meu coração despedaçado,
E deixo a minha avó assim…
Daniel Pereira Machado, 6ºB,Nº4
25/10/2010

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ainda o Natal...

Por motivos de uma agenda muito carregada (e até porque queria que fossem os alunos a postar, o que ainda não foi possível), as frases que escreveram, muito à pressa -devo justificar - não puderam ser colocadas no blogue na época natalícia. Contudo, como se diz que "Natal é sempre que o Homem quiser", hoje resolvi debitá-las, à laia de um pequeno texto, sem qualquer critério. Não, conforme as recolhi, devo precisar...
Ei-las!!!
- O Natal é para todos, as prendas também, por muito pequenas que sejam. O que interessa é a intenção! Feliz Natal! (Margarida)
- Ah, o Natal, o cheiro natalício, as prendinhas e a reunião em família, a harmonia. Feliz Natal! Para a professora: um excelente Natal :) (Lúcia)
- O Natal é para toda a gente! (João)
- As estrelas brilham lá no céu e, na noite de Natal, vou-me encher de alegria. (João Carlos)
- O Natal não são as prendas, mas sim a magia da família junta. (Hugo)
- Adoro Português. Bom Natal!!! (Jorge)
- O Natal é sagrado. (Daniel)
- Que estejam com todos aqueles que amam. (Jaridson)
- O Natal é para toda a gente e para estar com a família. (Tomás)
- O Natal é a melhor coisa do mundo. (Ricardo).
- Para mim, o Natal deve ser convivido em família porque todos merecem isso (prendas, comida típica). (Francisco Camilo)
- As estrelas brilham, os sorrisos encantam, eu gosto é do Natal. (Sónia)
- O Natal é o conjunto de comida, presentes, família e amigos. (Francisco Carrazedo)
- Tantas estrelinhas no céu a brilhar uma atrás da outra. Que lindo! Bom Natal! (Rita)
- Da Nikita aqui vai um enorme beijo a todos e desejar um Feliz Natal. Que entrem de pé direito no ano de 2011! (Nikita)
- Até para o ano! (Tiago)
 
(E pronto, ainda vamos a tempo de assimilar estas mensagens, sobretudo a sua simbologia!)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Reencontro

Recomeço
ou apenas interregno.
É apenas questão de tempo.

Semântica temporal,
a exigir dialéctica filosofal,
que a olhos
ainda muito novos,
nada diz.
Recomeço
antes quis
usar, num reencontro
de olhares imberbes,
ainda infantis.

Tagarelice à toa.
Lufadas de sopros,
contidos, em peitos ansiosos.
Expectantes,
a um novo ano lectivo!

Professora
e almas de alunos,
que pretendo alicerçar,
num mundo inconstante.
Mesmo sendo equidistante,
esse mundo, o dela,
será sempre predominante.

Carga pesada, não o parecendo!

Neste reencontro
imagino,
estratégias de sonho.
Errado!
O sonho, se o quero,
tem de ser deles.
Eu apenas deverei
despertar, nestes seres,
sonhos
que ainda não sonhei.

OF  13-09-2010
(Poema aos meus alunos)

O meu avô


O meu avô, com aquela pele seca ,sentado naquele sofá sozinho com a sua tremida de mãos e pés só com a companhia da televisão e da minha cadela ,numa casa tão grande, deve-se sentir tão só.      
Eu vejo,naqueles olhos castanhos e tristes que, quando eu chego a casa, parece que nasce um sol numa terra que chove muito.
Quando o vejo a andar, tenho pena dele, porque nem consegue andar e às vezes escorre-me uma lágrima do meu rosto.O cabelo dele é tão pouco que até deve sentir frio e pena dele próprio.
Eu pergunto: onde aquele homem bonito ficou preso?

Tolu

Retrato de uma pessoa idosa


Vou falar do meu amigo Jorge que já tem uma certa idade. Tem cabelo curto,  castanho daqui a mais uns anos vai ficar cada vez mais velho, ficar cheio de rugas e os olhos vão ficando com a pele para baixo assim como as bochechas.
É um desnaturado. Quando ficar ainda mais velho vai para um lar, mas os filhos dele não irão visitá-lo. Depois, de tanta velhice, não se vai lembrar das pessoas nem dos filhos.
Vai ficando com  cabelos brancos e tem de usar  óculos porque já não vê nada, nem ouve nada, passa o dia a dormir e também já não consegue andar muito bem, tem de andar com um andarilho.
Os lábios começam a ficar roxos e já se sente doente.
Vai emagrecendo cada vez mais.
Ele um dia esteve no hospital doente, para ser operado às pernas.
Mas continuamos grandes amigos.

Tiago

O retrato do meu vizinho


Tenho um senhor idoso como vizinho.
Ele tem a cara toda deformada pela velhice. As mãos, os pés, as pernas muito magrinhas, os ossos a notarem-se.
Ele também já pouco fala, já não se entende quase nada. As mãos dele já estão muito frias e mal as mexe.
Também não consegue andar  sozinho, tem que ser com a ajuda de alguém. Costumava andar mais de andarilho, para ajudar o corpo a aguentar-se melhor.
Ás vezes, à noite os pés inchavam-lhe muito e quase não consegue andar muito bem. Mas se calhar ainda vai ficar melhor e livra-se destes males todos.
GOSTO DE  TER ESTE VELHINHO COMO VIZINHO.

João Carlos

A minha Avó


   Vou falar-vos da minha Avó.
   A minha Avó quando era nova, era muito bonita, tinha olhos castanhos, cabelos escuros e compridos.
   Hoje ela tem 69 anos e ainda se mantém bonita, com os seus olhos castanhos a combinarem coa a sua pele morena.
   Ela é fixe porque leva a minha irmã, a minha prima e a mim a passear e aos baloiços, porque ela também gosta de
se divertir connosco, faz uns doces deliciosos, impossíveis de resistir.
   Quando nos leva ao café compra-nos sempre rebuçados ou algo delicioso para todos, ou por vezes eu tomo um pingo,
coisa que eu adoro.
   Assim,  a minha avó recorda o tempo em que levava as suas filhas a passear com ela,  matam-do  as  saudades dos
tempos que já passaram.

Francisco Carrazedo  6.º B
  

O meu avô idoso



Eu não sei como era antes o meu avô. Quando penso como seria, fico sempre confuso.
Se calhar era giro, não sei, mas gostava de saber.
Ele agora continua giro para mim mesmo com o cabelo encaracolado, com o seu novo visual, com o seu andar, já com traços de velhice.
                Ele, deixa-me brincar quando eu quero, mas tenho de fazer pouco barulho.
  Ele, as vezes, quando vai dar um passeio encontra e traz-me algumas bolas.
                Ele quando andava na tropa cozinhava.
                Após o que aconteceu com a minha avó ele voltou a cozinhar sendo ajudado pela minha madrinha.
   Eu gosto muito dele tal como ele é.

Francisco Camilo - 6.º B

A minha amiga...

Ela não tinha este rosto de hoje ….
Era bonita, alegre, sorridente,
Podia ter algumas borbulhas,
Mas era uma rapariga feliz.

Nunca se sentia só,
Fazia amizades facilmente
Uma jovem que tinha muitos amigos,
Nunca me hei-de esquecer.

Mas com o passar do tempo ….

Começou a ficar mais feia,
Sentia-se cada vez mais só,
Ficou feia, triste e tristonha,
Mas é uma idosa contente com o seu passado

Contente pelas suas amigas
E ela sentia-se bem,
Mas continuava a pensar:

Onde é que ficou perdida a minha imagem?

                                                                                Sónia

Tantas perguntas

Olho fixamente para a minha avó. Olho para os seus olhos cheios de tristeza por já não ver o que via e sentir o que sentia.
Sua cara, já velha, sem força, sem vontade de viver e suas palavras já não são o que eram.
Lembro-me de quando ela se ria com vontade, quando seus olhos cheios de alegria brilhavam, de sua cara alegre e com vontade de viver ao máximo, de suas aventuras, das histórias que ela contava!
Sinto-me triste ao ver que ela não tem vontade de viver, ao sentir as suas lágrimas caindo pela sua cara já sem força, ao lembrar-me das suas histórias quando era nova.
Ao olhar para a sua cara, para as suas lágrimas de tristeza, tão vazia, tão fria e tão morta...
Penso:
            - Quanto há-de sofrer!
            - E quando chegar a minha vez?
Tenho pena dela e pena de já não ver o seu sorriso.
PORQUÊ?
            Tantas perguntas sem resposta!
Nikita Ferreira, 6.º B